conseguir arranjar um apartamento decente a preço justo é complicado, disso eu já sabia. na busca, leandro [meu futuro miguxo de casa] e eu acabamos por apelidar os apês. tinha o da parede de pedra, o do síndico maníaco, o que parecia uma favela, o da infiltração nas paredes, o do quarto do cupim. e tinha o APARTAMENTO DO OFURÔ.
gente, sério. o apartamento do ofurô é AQUELE apartamento lindo, iluminado, bem acabado, caro porém incrível. e, obviamente, com um ofurô. aí você vê o apartamento e já ama o apartamento e ele nem é seu, e você já pensa como vai evitar que o ofurô vire um criadouro de dengue e onde vai colocar os vasos de temperos e florzinhas.
mas essa é minha vida, meus amigos, esse é meu clube. claro que tem uma fila fdp de gente querendo alugá-lo. uma fila cheia de gente que está na minha frente, claro. ódio. mamãe disse que esse apartamento vai ser meu e ela tem umas tendências a acertar certas coisas pontuais e importantes na minha vida. sei lá se é porque ela tem fé, se é porque ela tem instinto, ou se é só porque ela queria me ver parar de chorar [sim, chorei pelo apartamento]. só sei que adiantou. me acalmei, mas ainda não consegui partir em busca de outro lugar pra viver.
ao invés disso resolvi pensar em móveis, na minha cama japonesa que NÃO comprarei na tok&stok [1100 realidades por uma placa de madeira e um pedaço de aço? má nem fodendo], nas prateleiras, nos vários pôsteres que serão devidamente enquadrados e pendurados pelas paredes que eu ainda não tenho.
parei de chorar e tudo, mas tô triste um tanto.
Um comentário:
Nesse ou em qualquer outro ap a gente vai ficar muito bem, paulinha, fico feliz de morar com vc seja com ofurô ou com piscina vagabunda de plástico.
Postar um comentário