eu sei que esse blog tá um marasmo, citação atrás de citação, essa coisa nada comentável e nada lível [lível? rs], mas não me aguento, tenho que postar esse texto da cléo araújo, que vi no blônicas. e tomo a liberdade de dedicá-lo ao alê [com grifos meus]:
Amigo com H.
De Cléo Araújo.
Ele é do tipo que não compartilha emoções à toa.
Não conta intimidades, a menos que haja um propósito muito claro para tanto. Ou que eu fique pressionando até ele espanar.
Prático, direto, sem dramas e sem entrelinhas.
Seguro, sorridente e estável.
Fofinho, maldoso e crítico.
É assim, um belo exemplar de amigo com H.
Se você é moça e tem um, saiba que se trata este de privilégio de poucas.
Não, não vale aquele, que se faz de amigo, mas que no fundo quer mais é te comer. Não vale ninguém, aliás, com sentimentos outros que não a indulgente e altruísta fraternidade. Não ria rapaz. Esse tipo de amizade existe sim.
Falo aqui do amigo puro, legítimo. Aquele, em cujo elogio ou crítica você sempre pode acreditar porque nunca, jamais ele vai querer copiar o seu corte de cabelo.
Também, pudera.
Você foi a única (entre mulheres, homens, peixes-beta e cães) que topou assistir com ele os seis episódios de Guerras nas Estrelas numa única maratona, que começou às seis da tarde e acabou às sete da manhã. Não à toa, o amigo com H gosta tanto de você. Gosta a ponto de dizer que você é tão legal, mas tão legal, que mais pessoas no mundo precisariam saber disso. E um elogio dele faz de você uma pessoa mais segura e mais feliz.
Um amigo com H que se preze estica a festa de casamento de amigos em comum numa boate gay só porque você achou que essa seria a maneira mais divertida de se encerrar a noite. Ele não só entra no clima, dizendo que a noite ainda era longa quando já se via o sol nascer, como curte a valer o inferninho GLS, mesmo se tratando este de um amigo com H macho pra caralho. O amigo gay, aliás, também é um baita, senão o maior, dos amigos com H.
Um amigo com H dirige para você na estrada e costuma ser inimigo declarado do seu novo namorado. Mas no fundo ele adora o cara. Só implica com ele porque te conhece muito, e provavelmente mais do que esse “fulano” que chegou agora e te deixou com essa cara de boba-alegre.
Você e seu amigo com H dividem um quarto de hotel. Mas só se precisarem, porque ele ronca. E ele vê você toda desarrumada, como nenhum outro homem a viu antes - a não ser seu pai e seu cabeleireiro. Ele dá até a dica de uma pomada para essa espinha nojenta que você exibe no queixo. Zomba da sua chapinha, do seu pijama de vaquinhas coloridas e da sua placa para não ranger os dentes. Mas você nem fica brava porque se lembra: ele a levantou no ombro no show do U2 durante cinco músicas seguidas, sem reclamar. E ainda cantou “The time of my life” num dueto com você no karaokê. Mesmo sem saber a letra.
O amigo com H, no entanto, às vezes te faz chorar. Culpa daquela sinceridade dolorida, que você ama tanto. Mas, mesmo que ele lhe tire algumas lágrimas de vez em quando – quando questiona seu trabalho, sua infelicidade nos relacionamentos com os homens ou seu temperamento amargo - não admite que outro homem o faça. Ah, rapá, se prepare porque aí ele vira bicho!
O amigo com H pára de fumar para te encorajar a fazer o mesmo. Mas como você não consegue, ele acende uma cigarrilha na noite de ano novo, só para você não se sentir tão por fora. Se não fosse ele, aliás, além de por fora, você não teria música nenhuma no seu Ipod. É ele quem te passa todas, de Jesus and Mary Chain a Roxette.
Amigo com H pede cola e passa cola, bate a assopra, segura na mão e manda você se foder.
E o melhor de tudo é que ele não vai descobrir que quer se casar com você no dia em que ficar noiva. E que você não vai dar um escândalo na igreja no dia do casamento dele.
Embora alguns cochichem “certeza que ela já deu para ele” e outros apostem que ele já te comeu, vocês sabem que a idéia de serem um “casal” é tão ridícula quanto aquela camiseta do Homer Simpson que ele usa de final de semana.
E vocês riem.
Como de hábito, um do outro.
E juntos, do resto do mundo.
Não conta intimidades, a menos que haja um propósito muito claro para tanto. Ou que eu fique pressionando até ele espanar.
Prático, direto, sem dramas e sem entrelinhas.
Seguro, sorridente e estável.
Fofinho, maldoso e crítico.
É assim, um belo exemplar de amigo com H.
Se você é moça e tem um, saiba que se trata este de privilégio de poucas.
Não, não vale aquele, que se faz de amigo, mas que no fundo quer mais é te comer. Não vale ninguém, aliás, com sentimentos outros que não a indulgente e altruísta fraternidade. Não ria rapaz. Esse tipo de amizade existe sim.
Falo aqui do amigo puro, legítimo. Aquele, em cujo elogio ou crítica você sempre pode acreditar porque nunca, jamais ele vai querer copiar o seu corte de cabelo.
Também, pudera.
Você foi a única (entre mulheres, homens, peixes-beta e cães) que topou assistir com ele os seis episódios de Guerras nas Estrelas numa única maratona, que começou às seis da tarde e acabou às sete da manhã. Não à toa, o amigo com H gosta tanto de você. Gosta a ponto de dizer que você é tão legal, mas tão legal, que mais pessoas no mundo precisariam saber disso. E um elogio dele faz de você uma pessoa mais segura e mais feliz.
Um amigo com H que se preze estica a festa de casamento de amigos em comum numa boate gay só porque você achou que essa seria a maneira mais divertida de se encerrar a noite. Ele não só entra no clima, dizendo que a noite ainda era longa quando já se via o sol nascer, como curte a valer o inferninho GLS, mesmo se tratando este de um amigo com H macho pra caralho. O amigo gay, aliás, também é um baita, senão o maior, dos amigos com H.
Um amigo com H dirige para você na estrada e costuma ser inimigo declarado do seu novo namorado. Mas no fundo ele adora o cara. Só implica com ele porque te conhece muito, e provavelmente mais do que esse “fulano” que chegou agora e te deixou com essa cara de boba-alegre.
Você e seu amigo com H dividem um quarto de hotel. Mas só se precisarem, porque ele ronca. E ele vê você toda desarrumada, como nenhum outro homem a viu antes - a não ser seu pai e seu cabeleireiro. Ele dá até a dica de uma pomada para essa espinha nojenta que você exibe no queixo. Zomba da sua chapinha, do seu pijama de vaquinhas coloridas e da sua placa para não ranger os dentes. Mas você nem fica brava porque se lembra: ele a levantou no ombro no show do U2 durante cinco músicas seguidas, sem reclamar. E ainda cantou “The time of my life” num dueto com você no karaokê. Mesmo sem saber a letra.
O amigo com H, no entanto, às vezes te faz chorar. Culpa daquela sinceridade dolorida, que você ama tanto. Mas, mesmo que ele lhe tire algumas lágrimas de vez em quando – quando questiona seu trabalho, sua infelicidade nos relacionamentos com os homens ou seu temperamento amargo - não admite que outro homem o faça. Ah, rapá, se prepare porque aí ele vira bicho!
O amigo com H pára de fumar para te encorajar a fazer o mesmo. Mas como você não consegue, ele acende uma cigarrilha na noite de ano novo, só para você não se sentir tão por fora. Se não fosse ele, aliás, além de por fora, você não teria música nenhuma no seu Ipod. É ele quem te passa todas, de Jesus and Mary Chain a Roxette.
Amigo com H pede cola e passa cola, bate a assopra, segura na mão e manda você se foder.
E o melhor de tudo é que ele não vai descobrir que quer se casar com você no dia em que ficar noiva. E que você não vai dar um escândalo na igreja no dia do casamento dele.
Embora alguns cochichem “certeza que ela já deu para ele” e outros apostem que ele já te comeu, vocês sabem que a idéia de serem um “casal” é tão ridícula quanto aquela camiseta do Homer Simpson que ele usa de final de semana.
E vocês riem.
Como de hábito, um do outro.
E juntos, do resto do mundo.
Um comentário:
eu to apaixonado... casa, comida, roupa lavada e tudo de mais...
ai ai conheci a paula na fase casulo...rsrs
beijo sô, grado de mais docê
PS: sai dessa ilha logooooo
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