uma das minhas anas*, a pizzi, me pediu, em meio a cervejas e propaganda eleitoral gratuita, que eu escrevesse um post sobre política. então, como estou facinha nessa de 'sugira-qualquer-assunto-pra-eu-falar-sobre-naquele-blog-sem-pé-nem-cabeça', irei fazê-lo agora.
pois então. semana que vem acontecem as eleições municipais, que irão eleger prefeitos e vereadores por todo esse brasil. o leque de pautas possíveis é enorme: o fato de que as pessoas nas quais voto nunca ganham; os slogans bizarros adotados pelos candidatos ['quem gosta de animais gosta de todos mais!']; os apelidos com os quais eles se apresentam ['mãe dos surfistas', 'caco do hospital']; o fato de que o horário eleitoral gratuito é pago por nós, contribuintes.
mas não.
o que mais tenho pensando nessa época de eleições é que, este ano, realmente não poderei estar presente na minha cidade para votar [eu voto em oliveira/ mg]. e, além disso, parece que sou a única pessoa que não realizará essa viagem às origens. absolutamente todos os meus amigos não-nativos - ou seja, o baile todo -, vão pra casa pra votar. ou seja, estarei aqui na ilha, abandonada aos urubus e sob o regime da tal lei seca que vigora a partir da meia-noite do sábado [em tese, é claro].
confesso, é meio triste. ainda me lembro de quando tinha 4 anos e ia votar junto com meu pai. ele me deixava fazer o 'x' no nome do candidato e tudo. sempre votávamos no lula, o que fazia a minha mãe ficar louca da vida.
quando passei a votar oficialmente, o meu cartório eleitoral não poderia ser mais bacana: a sede da banda de música de oliveira. afinal, quem é que pode dizer que vota num lugar que tem instrumentos de sopro pendurados pela parede, num espaço mínimo e antigo, onde se encontram apenas duas urnas eletrônicas? lírico, diria um amigo. e sempre sem filas.
quando morava em bh sempre me perguntavam por que raios eu não mudava o meu título de eleitor pra lá, pra facilitar as coisas. mas existe um traço oliveirense que é quase um pacto velado: ninguém faz essa mudança no título; o dia das eleições é um dia de encontro. todo mundo sai de bh [ou do lugar que esteja] e parte pra oliveira. se você vai de ônibus, sempre se encontra com pelo menos uns 10 conhecidos, se quer ir de carro sempre há uma carona. e aí todo mundo se vê, há aqueles almoços de domingo na casa de todas as avós [e que saudade que eu estou da minha, aquela cabeça dura], e os mais animados burlam a maldita lei seca enchendo suas geladeiras de álcool ainda no sábado, o que deixa infernais as filas dos supermercados.
mas esse ano não tem isso pra mim. se estivesse em oliveira votaria no dr. emílio haddad para prefeito, homem competente e de ótimo coração. pra vereador eu não sei, teria que pesquisar [há mais de 100 candidatos este ano].
agora tenho mais é que descobrir em quais prédios da ufsc haverá votação pra que eu possa justificar minha ausência de oliveira. será que o 148 me ajuda?
pois então. semana que vem acontecem as eleições municipais, que irão eleger prefeitos e vereadores por todo esse brasil. o leque de pautas possíveis é enorme: o fato de que as pessoas nas quais voto nunca ganham; os slogans bizarros adotados pelos candidatos ['quem gosta de animais gosta de todos mais!']; os apelidos com os quais eles se apresentam ['mãe dos surfistas', 'caco do hospital']; o fato de que o horário eleitoral gratuito é pago por nós, contribuintes.
mas não.
o que mais tenho pensando nessa época de eleições é que, este ano, realmente não poderei estar presente na minha cidade para votar [eu voto em oliveira/ mg]. e, além disso, parece que sou a única pessoa que não realizará essa viagem às origens. absolutamente todos os meus amigos não-nativos - ou seja, o baile todo -, vão pra casa pra votar. ou seja, estarei aqui na ilha, abandonada aos urubus e sob o regime da tal lei seca que vigora a partir da meia-noite do sábado [em tese, é claro].
confesso, é meio triste. ainda me lembro de quando tinha 4 anos e ia votar junto com meu pai. ele me deixava fazer o 'x' no nome do candidato e tudo. sempre votávamos no lula, o que fazia a minha mãe ficar louca da vida.
quando passei a votar oficialmente, o meu cartório eleitoral não poderia ser mais bacana: a sede da banda de música de oliveira. afinal, quem é que pode dizer que vota num lugar que tem instrumentos de sopro pendurados pela parede, num espaço mínimo e antigo, onde se encontram apenas duas urnas eletrônicas? lírico, diria um amigo. e sempre sem filas.
quando morava em bh sempre me perguntavam por que raios eu não mudava o meu título de eleitor pra lá, pra facilitar as coisas. mas existe um traço oliveirense que é quase um pacto velado: ninguém faz essa mudança no título; o dia das eleições é um dia de encontro. todo mundo sai de bh [ou do lugar que esteja] e parte pra oliveira. se você vai de ônibus, sempre se encontra com pelo menos uns 10 conhecidos, se quer ir de carro sempre há uma carona. e aí todo mundo se vê, há aqueles almoços de domingo na casa de todas as avós [e que saudade que eu estou da minha, aquela cabeça dura], e os mais animados burlam a maldita lei seca enchendo suas geladeiras de álcool ainda no sábado, o que deixa infernais as filas dos supermercados.
mas esse ano não tem isso pra mim. se estivesse em oliveira votaria no dr. emílio haddad para prefeito, homem competente e de ótimo coração. pra vereador eu não sei, teria que pesquisar [há mais de 100 candidatos este ano].
agora tenho mais é que descobrir em quais prédios da ufsc haverá votação pra que eu possa justificar minha ausência de oliveira. será que o 148 me ajuda?
*o nome 'ana' está para mim como 'paula' está para a ferdi; tenho várias na minha vida.
2 comentários:
Adorei Paulete! Adorei por me identificar com grande parte do seu texto, uma delas: a de manter os vículos com nossa cidade de origem. Eu, voto em Vera Cruz d'Oeste (assim mesmo, com o apóstrofo), fica no interiorrrr do Paraná. Show né! E domingo eu to lá, vou enfrentar 14h de busanfa pra votar na minha tia IVETE para prefeita, não é demais?
Falta uma semana e, até agora, nenhum candidato à prefeitura de BH me convenceu. Talvez eu vote no que está em segundo lugar só p/ contribuir p/ um possível segundo turno contro o queridinho de Aécio e Pimentel.
Ah, entre as minhas Paulas, tem Ana Paula...nas suas Anas têm Ana Paula?
Bjos!
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