terça-feira, agosto 05, 2008

E quando o seu bem-querer mentir
Que não vai haver adeus jamais

Há de responder com juras

Juras, juras, juras imorais
[chico buarque, 'bem querer']


cá entre nós, não é por nada não... mas fizemos um trabalho muito bem feito, nós dois. aquela coisa toda de pra sempre. as pessoas compraram a idéia, construímos um modelo de referência. agora comportam-se como órfãos desesperados, gente que perdeu um pouco o chão. fizemos um ótimo trabalho de convencimento. há tempos não recebia feedbacks tão intensos, choque a la campanhas do toscani [e olha que temos tv em casa]. até email raivoso recebi, escrito em letras garrafais e, é claro, culpando a mim pela quebra de mais um paradigma contemporâneo [a coisa desandou do meu lado do acordo, isso parece ser um consenso]. fizemos todos acreditarem. você sente isso? pergunto sem o menor escárnio, juro. mas é impressionante. interessante perceber fichas alheias caindo. e a piedade? aqueles 'você está bem?' que ninguém quer perguntar porque sabem que virá uma enxurrada de blá blá blá. só que nem vem, aí parece que choca mais. fácil assim?, quase me perguntam. só que ninguém, absolutamente ninguém imagina que tive que digerir um trator inteiro misturado com uísque barato e lascas de madeira de lei. acontece que esse momento já passou. mas que é impressionante é. nossa.

Um comentário:

Liliane Pelegrini disse...

sempre é. ai, ai.