então. fui agora de manhã justificar meu voto. depois de passar um considerável tempo tentando descobrir, pelos péssimos sites do tre, onde raios rolava uma votação básica, achei o lugar ideal: o cfh, um dos prédios da ufsc mais próximos à minha humilde choupana.
comi banana com canela e açúcar de café da manhã, coloquei meu mp3 e meus óculos escuros, catei minha mochila e meu mau-humor e parti. ao me aproximar do cfh, me senti praticamente um beatle: umas quatro pessoas vieram diretamente falar comigo, enquanto mais umas 10 rodeavam, abordando outros passantes. boca de urna, babies. descarada. ainda com a música do mp3 rolando, meio atordoada de sono, olhei pro lado e vi um carro totalmente adesivado, um monte de bandeiras, pessoas colando adesivos nas costas alheias [isso não é uma piada, aconteceu mesmo].
tirei um dos fones e disse 'gente, eu só vim justificar'. no mesmo instante me deixaram em paz. voltei com o fone pro meu ouvido e segui, não sem antes ouvir um cara comentando 'quem é essa? conheço de algum lugar, blá blá'. isso acontece muito aqui: as pessoas pensam que por estar com fones no ouvido você se torna um surdo completo.
justifiquei o voto [muito gentis os mesários e fiscais, ao menos isso] e tomei o rumo de casa. na saída, as mesmas pessoas que me abordaram no início, inclusive o cara que achava que me conhecia da televisão, ficaram me encarando tão descaradamente quanto faziam a boca de urna - até pararam de agitar as bandeirolas vermelhas. quando passei por eles ainda ouvi uma mulher dizendo: 'com esses óculos, ela só pode ser artista. tá tentando passar despercebida'.
pois é. fones de ouvido.
comi banana com canela e açúcar de café da manhã, coloquei meu mp3 e meus óculos escuros, catei minha mochila e meu mau-humor e parti. ao me aproximar do cfh, me senti praticamente um beatle: umas quatro pessoas vieram diretamente falar comigo, enquanto mais umas 10 rodeavam, abordando outros passantes. boca de urna, babies. descarada. ainda com a música do mp3 rolando, meio atordoada de sono, olhei pro lado e vi um carro totalmente adesivado, um monte de bandeiras, pessoas colando adesivos nas costas alheias [isso não é uma piada, aconteceu mesmo].
tirei um dos fones e disse 'gente, eu só vim justificar'. no mesmo instante me deixaram em paz. voltei com o fone pro meu ouvido e segui, não sem antes ouvir um cara comentando 'quem é essa? conheço de algum lugar, blá blá'. isso acontece muito aqui: as pessoas pensam que por estar com fones no ouvido você se torna um surdo completo.
justifiquei o voto [muito gentis os mesários e fiscais, ao menos isso] e tomei o rumo de casa. na saída, as mesmas pessoas que me abordaram no início, inclusive o cara que achava que me conhecia da televisão, ficaram me encarando tão descaradamente quanto faziam a boca de urna - até pararam de agitar as bandeirolas vermelhas. quando passei por eles ainda ouvi uma mulher dizendo: 'com esses óculos, ela só pode ser artista. tá tentando passar despercebida'.
pois é. fones de ouvido.
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