segunda-feira, abril 06, 2009

Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim, que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo; repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante. Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder. Tudo é tão vago como se fosse nada.

Caio Fernando Abreu

2 comentários:

nathália turcheti disse...

é isso, bem isso aí mesmo...

Liliane Pelegrini disse...

das que me fazem lamentar não ter beleza/leveza/gentileza/sabedoria suficientes para escrever.